Do alto vi esse homem desmedido e ritmado
de olhar baixo,
como quem procura centavos.
Imóvel e tenro,
ouvindo o mundo em fios e arranques de móveis.
Interno,
ao penetrar na derme das doloridas mortes.
Sua insistência é também esconderijo
do amarelo astro.
Sem quisto quando o aço
topa com a fria
carne cardíaca.
Impelido do olhar à espreita, sempre afastado, de lado,
contradireita.
Seu alvo era negro e bem desenhado
circular, desalmado.
Seu diálogo
era
cheio
de..
de pequenos titubeios.
Nas epifanias, tudo era de uma querida utopia.
E acreditava não ser mesmo daqui
ter vivido por alí, e até em si.
Mas de tudo que sei
seu elixir é o ir.
E quem sabe ao voltar,
seu semblante não mais diz:
- Nauseado existir!
*pranto
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