20100603

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Noctívagos pousam seus corpos entre meio fios e placas. E com gestos, como se regessem sinfonias, sinalizam o desejo de pertencer à máquina, ou a apenas uma fração de suas jornadas. Concentram-se afim de seus movimentos se concretizarem. E livram-se então de suas coleções circulares, por vezes incompletas. Ao ultrapassarem, plenamente quitados, a barreira férrea, eles nem esforçam-se em mirar os olhos naquele que traçará onde seus definitivos desmaios se darão. Apenas têm a impressão de terem sido indagados e advertidos. Balbuciam alguns sons em resposta, rastejam e caem em seus tronos, macios e frios. Desligam-se. Primariamente enquanto as córneas ainda fixam-se na vertiginosa paisagem, a seguir desprendem-se de seus organismos etílicos. E por fim, caem em profunda negritude...


- PONTO FINAAAAL!!!

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